Viagem à Província de Santa Catarina (1820)

Passamos defronte das terras alagadas e cobertas de mangues que, ao sul, orlam o Saco dos Limoeiros, e dobramos a ponta de Caiacanga (2)Nota do Tradutor, onde termina essa angra. Mais adiante, pouco espaço fica entre os morros e o mar. As cumiadas são cobertas de mata virgem e nas encostas fizeram plantações esparsas por entre capoeiras e massas rochosas. Junto dos morros construíram uma igreja, sob a invocação de Nossa Senhora da Lapa, em torno da qual existem algumas casas circundadas de laranjeiras. Aproximando-nos de terra, passamos defronte de muitos sítios localizados à beira-mar, e chegamos à freguesia também chamada de Nossa Senhora da Lapa, outrora Ribeirão, distante do Desterro cerca de duas léguas. O vento soprava de oeste e, como anoitecia, o patrão da lancha resolveu fundear ali.

Para evitar o aborrecimento de passar a noite toda na lancha, fui visitar o vigário que me recebeu friamente, mas logo se tornou muito amável ao mostrar-lhe a portaria que me dera o governador da província. Após oferecer-me chá, a