Viagem à Província de Santa Catarina (1820)

O comandante regressara à noite e, em palestra, informou-me que nos arredores cultivavam-se principalmente mandioca, arroz, feijão e um pouco de milho e trigo. Alguns lavradores preparavam a terra com arado para plantação de trigo, e outros utilizavam-se da enxada. Aqui, como em todas as regiões do Brasil por onde eu passara até então, lamentava-se a praga da ferrugem.

Antes de chegar a Vila Nova, aluguei por 16 francos (8 patacas) cada um três carros de bois, a fim de transportar-me com a minha bagagem, à vila da Laguna, que ficava apenas a cinco léguas de distância. Os donos dos carros preveniram-me que eu não podia continuar a viagem no dia seguinte, porque eles precisavam ainda procurar os bois no mato, onde se achavam soltos. Demais, chovera quase todo o dia e passei um tempo enorme a examinar as plantas que na véspera me fornecera uma flora para mim inteiramente desconhecida.

Deixei Vila Nova muito tarde, e até a Laguna, para onde me dirigia, segui com os meus bois e os meus carros, por uma praia dura e de fácil caminhada.

A primeira ponta que se nos deparou tem a denominação de Tapiruva, do guarani tapií, tapir, e,