Viagem à Província de Santa Catarina (1820)

Deixei na Laguna, ao cuidado do sargento-mor. Fontoura, uma caixa contendo coleções de pássaros, e parti a 21 de maio, com minha bagagem, numa canoa grande que me emprestara o loco-tenente França, a quem eu havia sido recomendado.

Após ter atravessado a lagoa, cheguei ao local onde se achava a carroça que eu alugara e onde começa a praia deserta que constitui o caminho do sul.

Quando o viajante não leva bagagem consigo, poderá ir, a pé ou a cavalo, da vila à barra, encontrando aí um canoeiro que o transportará ao lugar denominado Porto da Passagem. O passo era arrendado pela fazenda real e pagavam-se dois vintens (25 cent.) por pessoa.

O terreno que margeia a lagoa, no Porto da Passagem, é plano, arenoso e coberto de relva. Existiam nesse lugar muitas vendas, todas mal sortidas. Por trás desses casebres alteiam-se morros