por uma maior superficie, foi aumentando o número de freguesias, que, como já tive ocasião de demonstrar, se eleva, atualmente, a dezenove. É de muita importância facilitar à população rural, tanto quanto possível, o cumprimento dos seus deveres religiosos; infelizmente, porém, não se encontram padres em número suficiente para preencher, em todas as paróquias, as funções sacerdotais. O clero brasileiro aviltou tanto a carreira eclesiástica, que hoje poucas pessoas desejam segui-la. Dizia em 1844 o presidente Antero José Ferreira de Brito, que o clero na província de Santa Catarina se encontrava em estado lamentável. Não se suponha, entretanto, que os brasileiros sejam, como milhares de europeus, um povo sistematicamente ímpio; se um grande número não pratica ou pratica mal a religião, é por ignorância ou por falta de instrução; seus corações se abrem de boa vontade a todos os sentimentos ternos e elevados que a religião inspira. Bastam para comprovar, os relatórios do sr. Antero. Em sua fala do ano de 1844, levou ele ao conhecimento da assembleia legislativa provincial que três religiosos espanhóis que lhe haviam sido recommendados pelo bispo do Rio de Janeiro, tinham chegado a S. Catarina, pregaram em todas as freguesias da ilha e foram ouvidos com solicitude e fervor, suprindo,