formosa mineirinha, que escritores pósteros, consciente ou inconscientemente caluniaram de maneira acerba e cruel, atribuindo-lhe atos de suposta desonestidade, lenda absurda que Tomás Brandão desfez à luz de documentação irrefutável em seu livro magistral - Marília de Dirceu.
Almir de Oliveira reuniu os notáveis estudos, que empreendeu com devotado amor, em copioso volume que brevemente será publicado, dando-me as primícias da leitura, que fiz prazerosamente, podendo por isso vaticinar-lhe o completo e auspicioso êxito que lhe está reservado.
O objetivo principal da obra é a demonstração que o Autor desenvolveu magnificamente para provar que Tomás Antônio Gonzaga não deve figurar entre os inconfidentes, senão apenas como vítima inocente, pois, consoante ele próprio declarou em algumas de suas liras e o afirmam na devassa os conjurados e todas as testemunhas que depuseram em diversos e numerosos interrogatórios, nenhuma participação direta ou indireta teve na articulação da "conjura".
E tão verdade é que mesmo dois dos acusados que por medo ou por cálculo defensivo, fizeram declarações da culposidade de Gonzaga, esses mesmos se desdisseram insofismavelmente.
Mas, contudo, prevaleceu como elemento único a denúncia cavilosa e infame de Joaquim Silvério que, inimigo figadal do magistrado, o delatou criminosamente, como de modo claro e irretorquível o positivou nos Autos de Devassa o destemeroso e hábil advogado José de Oliveira Fagundes.
Almir de Oliveira estuda, esclarece, argumenta para concluir admiravelmente pela inculpabilidade de Tomás Antônio Gonzaga, aproveitando o material de que se serviram os autores que o precederam no assunto, mas apresentando