Regiões e paisagens do Brasil

se destinam sobretudo ao tráfego no Tietê; entretanto, muitas têm sido fabricadas para o vale do Paraíba (São José dos Campos, Aparecida), para Ribeirão Preto, e até mesmo para o Rio de Janeiro.

As barcas que deslizam mansamente sobre as águas do maior rio paulista são conduzidas à força de remos ou de varas.

d) AS CULTURAS DAS VÁRZEAS

Já acentuamos que são comuns as pequenas culturas destinadas ao consumo particular, em toda a região da Penha. Nas encostas das colinas elas surgem numa estreita subordinação aos córregos e ribeirões: as pequenas áreas cultivadas localizam-se de preferência nos vales, embora o trecho atravessado diretamente pelos cursos d'água seja ocupado por uma vegetação secundária mais ou menos exuberante.

No entanto, as culturas de maior importância, por terem fins econômicos, acham-se situadas nas baixadas quaternárias de alguns dos afluentes do Tietê. Seus solos não são muito melhores que os dos morros próximos; mas seu maior teor em umidade e, notadamente, a maior facilidade para abertura de poços explicam essa preferência dada às planícies de aluvião. Realmente, a elevada porcentagem de areia, que neles se contém, torna-os ressequidos, exigindo (o que, talvez, cause admiração) um constante trabalho de irrigação. Por isso mesmo, a zona cultivada contém pequenos sistemas de canais, ou caso contrário, precisa ser regada pelo menos duas vezes ao dia. Para obtenção da água, abrem-se poços, cuja profundidade oscila entre três e quatros metros; ora, nas colinas próximas, torna-se preciso escavar de dez a 15 metros para que seja encontrado o lençol freático. Tais poços dispõem de uma

Regiões e paisagens do Brasil - Página 185 - Thumb Visualização
Formato
Texto