próximo à estação ferroviária; outros, embora ligados à via férrea, nem sempre aparecem junto àquela.
O caso de Artur Alvim é bastante expressivo: em torno da pequenina estação nada existe, praticamente, ao passo que pelas encostas do vale do ribeirão Santa Luzia ou Franquinho (um dos formadores do Tiquatira), que lhe fica próximo, desenvolve-se um povoamento muito esparso, no meio de pequenas áreas cultivadas. Do lado sul, existe a Vila Santa Teresa, apenas esboçada, que se vê prolongada pela Vila Ré, cujos limites ocidentais se confundem com os de Vila Esperança, já na região da Penha. Para o norte, aparece a Vila Santa Luzia, mais modesta ainda, embora esteja dominada pela capela do mesmo nome, no alto da colina.
Em Quinze de Novembro, ao contrário, nota-se a influência da via férrea ou, pelo menos, uma recíproca influência. Na verdade, na colina próxima à estação e voltada para o vale do rio Itaquera, existe um arruamento perfeito, embora sejam em pequeno número as habitações. Loteado a partir de 1924, teve um impulso maior por volta de 1926; mas a inexistência de luz elétrica paralisou seu crescimento. A nordeste, a Vila Progresso também não obteve o êxito esperado. Tudo isso explica a sensível dispersão do habitat e a presença de chácaras, que surgem ao lado da vegetação às vezes exuberante de pequenas matas secundárias.
O caráter rural de todas essas "vilas" é marcante. Não existe nelas nenhuma casa de comércio, nem tão pouco um centro que congregue a população. Esta exerce suas atividades na Capital, ou por exceção, em algumas poucas olarias.
As "vilas" de Artur Alvim representam o papel de traço de união entre o extremo oriental da região da Penha e o núcleo de Itaquera. As de Quinze de Novembro constituem um prolongamento deste último, de que fazem as vezes de verdadeiros subúrbios.