Como se vê, os mais antigos núcleos da região - Itaquera e Lajeado, representam papel destacado nessa pequena rede de estradas e caminhos, como reminiscência de um tempo em que eram pontos de pouso e de passagem forçada. Por outro lado, nota-se que essas vias de comunicação têm um sentido geral N-S, o que se justifica por dois motivos, pelo menos: 1. obedecem às linhas dadas pela topografia, uma vez que também é esse o sentido geral dos vales fluviais; 2. põem em contato e completam os dois mais importantes eixos de comunicações, que guardam exatamente o sentido O-E. Realmente, ficam por esse modo unidas, de um lado, a linha tronco da Central do Brasil e, de outro, a sua Variante e a rodovia São Paulo-Rio.
De qualquer forma, são os trilhos da E. F. Central do Brasil a mais importante via de comunicações com que podem contar esses poucos milhares de seres humanos. Seus trens de subúrbio, que utilizam a Linha Tronco, trafegam abarrotados de gente. Sempre há quem descer ou quem subir numa de suas quatro estações: Artur Alvim, Itaquera, Quinze de Novembro e Carvalho Araújo. Por mais desconforto que ofereça, é através da via férrea que se processa o contato permanente entre esses subúrbios afastados e a metrópole bandeirante.
A REGIÃO DE SÃO MIGUEL
O grande domínio das várzeas. - O traço marcante na paisagem natural da região de São Miguel é dado pela presença das planícies de aluvião. Com efeito, as altitudes do seu relevo são modestas e as cotas só por exceção ultrapassam os 775 metros; a média oscila entre 725 e 750 metros, contrastando assim com a região de Itaquera.