A várzea do Tietê ocupa mais da metade da área que estamos focalizando. Apresenta-se geralmente larga, chegando a ter dois km, sendo recoberta por um manto vegetal de aspecto variável, ora de caráter arbustivo e bastante denso (como em Comendador Ermelino e no trecho entre São Miguel e Itaim), ora rasteiro. Em áreas restritas, a mão do homem modificou a paisagem botânica com a plantação de eucaliptos. Através dessa planície, que se amplia sobretudo a leste de São Miguel, desenvolve-se o rio Tietê, com seus já conhecidos meandros. Apesar de todas as semelhanças existentes, distingue-se do trecho da região da Penha, pois mais rápida é a corrente e mais ativo o seu trabalho; de fato, não é difícil encontrar nos "terraços" próximos a São Miguel os vestígios de sua ação erosiva, nas margens côncavas dos meandros.
Diversas várzeas menores tornam mais larga a planície aluvional; foram criadas pelos afluentes do Tietê, miniaturas deste último, que o alcançam vindos da região de Itaquera. Destacam-se, por sua importância, as várzeas do Jacu, do Itaquera, do Lajeado, do Itaim e do Três Pontes, todas guardando o sentido geral N-S, que também é o de seus cursos.
As colinas terciárias constituem exceções e apresentam altitudes modestas (775-800 metros). Aparecem nas proximidades de Comendador Ermelino e de São Miguel, como ao sul de Itaim, com seus perfis já conhecidos, inclusive algumas daquelas falsas cuestas (próximo a São Miguel).
Ao pé dessas colinas, o cristalino aflora algumas vezes, sobretudo nas vizinhaças de Comendador Ermelino, onde podem ser observados verdadeiros "matacões", até há pouco encobertos pela sedimentação pliocênica.
Contrastes da paisagem cultural. - Se o paisagem natural oferece, assim, inegável unidade, já o mesmo não poderemos dizer do que sobre ela construiu a mão do homem.