Quase nada se sabe a respeito do primitivo núcleo da vila - o chamado Poá Velho, que se erguia um pouco mais ao norte e de que restam somente algumas habitações em ruína. A construção da Linha Tronco da Central do Brasil fez surgir o atual aglomerado em torno da estação, o qual hoje apresenta um certo ar de pequena cidade, embora ali não se encontre o clássico Largo da Matriz.
Nas encostas meridionais do vale do Tanquinho desenvolve-se, em disposição linear, o núcleo principal da vila. Seu "eixo" é a rua que se dirige para a estação, na qual se concentra o comércio e se eleva a pequena matriz de Nossa Senhora de Lourdes, de construção recente. Na vertente setentrional, do outro lado da via férrea, também aparecem algumas casas comerciais e o cinema da vila; seu "eixo" pode ser encontrado na estrada que vai ter a Itaquaquecetuba.
Fora daí, o habitat torna-se um tanto disperso e as casas oferecem alguns contrastes chocantes, pois ao lado de habitações razoáveis e até assobradadas vamos encontrar modestas casas de barrote.
Ao contrário de sua companheira do norte da região, Poá concentra sua população no próprio aglomerado: basta dizer que, para um distrito de cinco mil habitantes nada menos de 3.500 vivem nas zonas urbana e suburbana.
A construção da Variante da Central do Brasil fez com que, no encontro das duas linhas, fosse colocada a estação de Calmon Viana, a meio km da vila. Hoje um novo povoado já se esboça nesse lugar: dois modestíssimos bares, meia dúzia de habitações aparecem no caminho que se dirige para Poá. Pode-se vaticinar que, dentro de poucos anos, estará constituída a povoação, cuja existência será fortalecida pela presença dos estabelecimentos da Indústria Brasileira de Artigos Refratários, ali instalada e principal elemento de sua paisagem.