se concentra o comércio, de modestas proporções. Para os lados, mais duas ou três ruas. E é só.
A via férrea passa a pouco menos de um km da vila e nenhuma influência sobre ela teve, apesar da existência da estação. Entretanto, a nova linha em construção já começa a refletir-se em sua fisionomia urbana, fazendo com que um novo trecho esteja a se formar para os lados do norte. O velho centro que surgiu em torno da matriz não perderá, provavelmente, sua importância, antes de mais nada porque, de seu largo, desce a ladeira que vai ter ao pequenino porto e que se vê prolongada pela movimentada estrada do Arujá e de Mogi das Cruzes, via de importância para as atividades agrícolas da região.
A Rodovia São Paulo-Rio passa ainda mais afastada, não interferindo na vida do centro urbano. Neste, aliás, não vivem mais que umas 500 pessoas, ao passo que umas três mil se espalham pelas redondezas.
Poá e seu papel regional. - Os que procuram interpretar os nomes de nossa toponímia tupi explicam que a palavra Poá é corruptela de uma expressão indígena que designaria a volta, o desvio, a bifurcação de caminhos.(55) Nota do Autor Certo ou errado, o fato é que a atual vila desse nome representou e continua a representar esse papel de lugar do desvio: ali mudava de rumo o velho caminho para Itaquaquecetuba, ainda hoje constituindo uma via de importância regional, como já tivemos ocasião de acentuar; é num de seus arrabaldes - Calmon Viana, que se encontram ou se bifurcam as duas linhas da Central do Brasil.
Acha-se colocada no vale do ribeirão do Tanquinho, a cerca de cinco km ao sul de Itaquaquecetuba e próximo à várzea do Guaió.