Se lá nessa cadeira onde subiste
Memória de um libelo se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Com que as páginas minhas imprimiste...
E se vires que pode merecer-te,
Alguma coisa a dor, que me deixaste,
Da mágoa, renegado, de perder-te,
Com a quem, por meus lábios, infamaste...
Que anda o povo a dizer — que inda há de ver-te
Renegar do perdão que lhe imploraste.
Por seu filho obediente, Libelo do Povo".
Na Câmara vitalícia, Sales Torres Homem finalmente toma posse, a 27 de abril de 1870. Nessa ocasião, A Semana Ilustrada publica uma charge em que mostra a figura esquálida de Timandro por terra, tentando agarrar-se à bem nutrida pessoa de Sales Torres Homem, que lhe faz figas, com as duas mãos à altura do nariz. A cena passa-se à entrada do Senado do Império e a legenda é constituída por estes versos:
"Timandro Vencido
Fúria implacável! pesadelo horrível!
Timandro, a quem outrora acalentei!
'stás vencido, por mim, monstro nefando!
Hoje sou Senador! Barão serei!"
Meses depois, a 29 de setembro, o novo senador fazia parte outra vez do governo, ocupando, como antes, a pasta da Fazenda, durante os seis meses que durou o