A Princesa Isabel - a Redentora

II

HERDEIRA DO TRONO


D. Pedro II perdeu os dous filhos varões - D. Afonso e D. Pedro de Alcântara - em 11 de junho de 1847 e em 9 de janeiro de 50. O primeiro parecia um robusto menino, loiro e sanguíneo, quando morreu de febres, aos dous anos e meio de idade. Em 13 de julho de 47 nascera a princesinha Leopoldina. Foi breve a consolação que entrou com ela o Paço de S. Cristóvão. O segundo, que seria - herdeiro do nome - o 3.° Pedro do Brasil - não resistiu às convulsões naquela madrugada de verão, na fazenda de Santa Cruz.

O golpe atingiu o Imperador nas fibras mais sensíveis. Não era só um filho, portador de suas melhores esperanças, que se extinguia quase de repente, sem dar tempo à medicina para um socorro eficaz: era a própria monarquia que se mutilava. Teria subsistido o Império se em vez dele ficassem D. Januaria e o conde d'Aquila? Far-se-ia a concórdia da Maioridade em torno duma rapariga - destinada a um casamento estrangeiro, débil de vontade, educada como as outras meninas, incompreendida dos políticos e impopular, porque rainha, e mulher? A carta, escrita pelo Imperador na manhã seguinte à morte do pequenino príncipe, é uma confissão humilde - de toda a sua dor.

A Princesa Isabel - a Redentora - Página 23 - Thumb Visualização
Formato
Texto