A Princesa Isabel - a Redentora

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Originou-se este livro duma advertência amiga e prezada. Agradecendo-me o volume, que lhe mandei, com a última das três biografias dos "reis brasileiros" a Vida de D. Pedro II - o conde de Afonso Celso lembrou: faltava à galeria um retrato de mulher. Devia completá-la escrevendo a história da Princesa Isabel, três vezes regente do Império, única Senhora que, na América, teve um dia, nas mãos tão femininas, o destino de um povo e as rédeas de um governo e cujo nome se ligou para sempre ao do Brasil com a redenção dos escravos. Era justo. E impelido pela suave persuasão daquele grande homem do passado, a cuja ausência ainda não nos habituamos, os seus confrades do Instituto Histórico e da Academia - realizei essa difícil tarefa.

Ao contrário do que sucedia em relação aos monarcas de que nos ocupamos nos livros anteriores - D. João VI, D. Pedro I, personagens de dous mundos, e o Rei Filosofo, fartamente iluminado por um século de literatura desconexa - a figura da Princesa Isabel carece de nitidez no recorte dos acontecimentos, dissimula-se numa penumbra simpática, de modéstia, e apenas sobressai, clara

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