História do Brasil T5 - A República, 1956

como um sopro que abate castelos de cartas. Incruentamente...

Somente em S. Paulo se soube com antecedência (graças à ligação estabelecida entre Francisco Glicerio e Campos Sales) do golpe que devia ser desfechado na manhã de 15 de novembro. Assim prevenido, o club republicano (fadado a exercer um papel preponderante na política nacional durante o decênio) extravasou em entusiasmo. Americo de Campos arengou à multidão, que acorrera, à rua de S. Bento(1); Nota do Autor e com Prudente de Moraes e Rangel Pestana, foi no dia seguinte à Câmara Municipal. Perante ela se empossou o triunvirato, composto deles e de Américo Brasiliense. O presidente, general Couto de Magalhães, convidado para lhes entregar o poder, reconheceu que não podia resistir, respondeu polidamente, e retirou-se, calmo, entre alas respeitosas(2) Nota do Autor A população aquietou-se. E não teve mais dúvidas sobre a solidez da república, quando, a 18 de novembro, insistindo no "fato consumado", na impossibilidade da "restauração", o conselheiro Antonio Prado a concitou a acatar o poder instituído (3) Nota do Autor.

Em Minas Gerais, na ausência de João Pinheiro, dirigente da facção republicana (já avultada) e de Cesario Alvim, nomeado governador do Estado, o engenheiro Antonio Olinto dos Santos Pires foi, por ofício de Aristides Lobo, encarregado de receber das mãos do visconde de Ibituruna a presidência. A cerimônia, no

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