História do Brasil T5 - A República, 1956

libelo em que uniu a pompa verbal, (pincelada de ciência, em prosa do engenheiro) à sensibilidade angustiada, de quem jurasse denunciar o crime, dobrar de joelhos a nação ao pé das cruzes do arraial, gritar-lhe a majestade inconsciente, em ossos e trapos, da intrepidez cabocla... Bastaria este propósito - de protesto e acusação - para dar celebridade ao livro.. Mas a frase deslumbrou. "O sucesso só foi comparável ao d'O Cortiço de Aluizio de Azevedo e ao de Canaan de Graça Aranha".(1) Nota do Autor Emendamos, em face das múltiplas edições (a 12ª, com errata do autor): foi superior. Objete-se a extravagância do vocabulário, o preciosismo (critica que lhe fez José Verissimo)(2), Nota do Autor mas agreste, como se escrevesse com cipó (reparou Alencar Araripe): o retrato, novo e rústico, do Brasil. Esta a conclusão de Afrânio Peixoto. Daí os discípulos: e a dimensão nova que deu ao país. Os sertões. Inferno verde, de Alberto Rangel (1906), Terra do sol, de Gustavo Barroso, Rondonia, de Roquete Pinto, Maria Bonita, de Afrânio, a verdade humilde do norte (Luzia-Homem, de Domingos Olimpio, 1903), das cochilhas do sul Ruinas vivas, de Alcides Maya (1910), Contos gauchescos, de Simões Lopes Neto, a candura praieira (Jana e Joel, de Xavier Marques), impõem o caboclismo. Reagiu, negando-o, Monteiro Lobato(3) Nota do Autor E pintou Géca. "Nada o desperta". Em vez do gigante, de Gonçalves Dias, o caturra enjeitado e lerdo. Ruy Barbosa emprestou ao símbolo uma importância nacional(4). Nota do Autor

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