História do Brasil T5 - A República, 1956

Educação

Só há um problema: educar, sustentava, em 1927, Miguel Couto. A associação brasileira de educação é de 1912; de 1926 o inquérito sobre "o problema universitário". Confluiu na reforma de 19 de abril de 1931 (do ministro Francisco de Campos), que deu enfim forma legal à "universidade", área recente da nova cultura. Universidade seria (na doutrina otimista dos que a sonhavam em 1929) ensino e pesquisa, civismo e inteligência, força motriz da democracia orgânica... Disto se falava - sem consequências maiores - no país, desde a Inconfidência mineira;(1) Nota do Autor e quando na república se criou uma universidade - em Curitiba, em 1912 - teve de fechar, por falta de padrão federal a que fosse equiparada. Previu-a a lei de 1915 (Carlos Maximiliano) e o presidente Epitácio a criou enfaticamente, por decreto de 7 de setembro de 1920. Com esta, do Rio de Janeiro (em 1937, intitulada "do Brasil") surgiu assim a primeira universidade oficial, embora ainda nominal, à espera de autonomia e coesão; seguiram-se as de Minas Gerais (presidente Antonio Carlos, 1927), São Paulo (governo de Armando Salles de Oliveira,(2) Nota do Autor 1934), Distrito Federal (iniciativa do secretário de Educação, Anísio Teixeira, 1935). Floresceu a planta exótica em clima propício; e com tal vigor (pasmassem os antigos!) que, em breve, o anseio das escolas superiores era, em todas as capitais brasileiras, a transformação em universidade. Em 1945 (presidência José Linhares, ministro Leitão da Cunha) ganhou a Universidade central autonomia plena; e pelo modelo (presidência Gaspar Dutra, ministro Ernesto de Sousa Campos) se fizeram as da Bahia, do Recife, do

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