História do Brasil T5 - A República, 1956

Farias Brito

Veio a reação espiritualista do Ceará - terra de misticismo e austeridade - com o enigmático Farias Brito. Cansava-se a inteligência moça da insipidez do monismo, do evolucionismo, do haeckelismo sociológico, autores caros a Tobias, leitura oficial da adolescência Buchner, Nordau, Spencer(1), Nota do Autor Comte vertido por Teixeira Mendes, Le Dantec. O diálogo de crentes e pessimistas irrompia, espontâneo, dessa fadiga. Visse-se o espetáculo europeu. Unamuno descobrira Kierkegaard; nacionalistas e socialistas batiam-se em Paris; la faillite de la science, dissera Brunetière (1896); aparecem Barres, Daudet... O pensador cearense teve a originalidade de filosofar entre polemistas; deles destacou pelo imprevisto da linguagem. Interrogava "segredos da consciência"(2), Nota do Autor opunha a ordem moral à "incerteza e fragilidade" da vida, trabalhava numa filosofia da esperança...(3) Nota do Autor A Finalidade do mundo (1894) era manifesto reacionário; na Base fisica do espírito (1912), com o Mundo interior (1914), se rebelava, mais perto de Bergson e James, contra a "anarquia a que se acha reduzido o mundo moderno". Essa transcendência andava na cruzada do padre Júlio Maria a missionar pelas províncias (1902), prendia-se à reivindicação paulista da origem cristã (1896)(4), Nota do Autor

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