de João Ramalho, porto franco para os campos de Coritiba, do Viamão e da Vacaria.
A dez léguas do Oceano, veria a vila de São Paulo, obra dos Jesuítas. Debalde estes a haviam assentado na aba da montanha, como que para conservá-la agrilhoada ao cepo; a população estuava, transbordava, investia e começava a inundar toda a América.
E nesses povoados dispersos veria mais o descobridor do Brasil indústrias desconhecidas, raças novas, instituições que se decompunham e instituições que germinavam; riquezas que projetavam seu brilho aos olhos dos habitantes; escolas, mosteiros, confrarias, ódios, afinidades, inteligências que se abriam à luz, terras que não resistiam aos esforços dos habitantes para arrancar-lhes o segredo; em suma, num vaso colossal, uma elaboração imensa.
Tudo isto era a obra de um século."
Duzentos anos depois estava concluída a obra assim iniciada e que fora semente em solo fecundo, pois criara uma nova civilização sob o céu da América. O Brasil já reunia então, segundo nossos maiores historiadores, - à frente dos quais Varnhagen, cuja História Geral, anotada, em terceira edição, por um mestre do valor e da competência de Rodolpho Garcia, é, e nunca deixará de ser, fonte perene e inesgotável de sabedoria e