Uruguai, ainda que afastado e doente, continuava a ser um dos chefes do partido conservador. Com a dissolução da Câmara e as eleições que se seguiram, ele se tornou uma espécie de conselheiro político e de consolador dos perseguidos que o procuravam para ouvir a palavra de ordem, de consolo ou de esperança. De vários pontos do Brasil, chegam-lhe notícias da situação política do país. Joaquim Pedro de Melo, chefe em Paracatu, escreve-lhe, em 13 de junho de 1863, pedindo-lhe conselhos: "O Paracatu — dizia ele — está dividido em três fracções politicas. Nenhüa d'ellas tem força sufficiente para triunfar pelos meios legaes sem o auxilio official. D'esta circunstancia ha nascido varias combinações, que essas fracções em epochas criticas teem tido necessidade de effectuar. Depois da eleição de 1860, a fracção liberal pura pareceu convencer-se, de que, para ser feliz, precizava do appôio da conservadôra genuina... A nova face, porém, que a dissolução oferecceu ao partido, e a lingoagem dos Chefes liberais para este lugar, aconselhão á todos, que tiverem convicções profundas, toda abnegação; e por isso entendo, que devia explicar-me á V. Exa., que, tomando á si os negocios deste paiz, empregue a sua alta influência para libertal-o do cataclysma, que parece imminente." O principal objetivo do chefe conservador em Paracatu era o de evitar ali a formação da Liga, não vacilando, para isso, em desistir da sua candidatura à deputação: "A epocha calamitosa — termina ele a sua carta — por que vamos passar, é tal que nenhum homem de convicção poderá deixar d'apreciar devidamente, acceitando os sacrificios... Para evitar essa liga... eu estou disposto á tudo."
A resposta do Visconde do Uruguai foi imediata. Em uma extensa carta, encarava a situação do país, deixando consignado o seu pensamento: "Não sei se influem n'isto os desgostos que tenho colhido da vida publica,