outro regimento escoltara o carro em que, então, aos 28 anos de idade, Paulino José Soares de Souza era conduzido ao primeiro cargo político que decidiria toda a sua vida.
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A guerra chegara ao auge. As províncias de Mato Grosso e Rio Grande do Sul tinham sido invadidas, pelo exército paraguaio. A atenção toda do país estava absorvida. Os jornais traziam as relações intermináveis dos mortos, tombados em defesa da pátria. Há menos de um mês, no dia 24 de maio, em Tuiuti, travara-se o combate, em que Osório, para sempre, se imortalizou. A guerra tremenda, profetizada tantas vezes e por tanta gente, assolava o Império. O homem que a evitara em 1850, talvez em condições piores, e que, desde 1853, apontara donde ela viria, pretendendo fazer com que se preparasse o país, não veria o fim, pois deixara de existir. A morte do Visconde do Uruguai, no meio da tormenta que se desencadeava, porém, não passou desapercebida, como era possível, dado o momento que ocorreu. D. Andrés Lamas, novamente na Corte, lembrava-se ainda do seu companheiro de 1850 e é quem lhe diz o último adeus, nestas palavras que dirige ao Cônsul Geral da República do Uruguai: "El Exmo. Señor Paulino José Soares de Souza, visconde del Uruguay, prestó los más relevantes servicios á nuéstro país, como Ministro de los Negocios Estrangeros del Brasil, en los años de 1850 á 1852. — Recordando esos servicios con hónda emocion ante la tumba que acaba de recibir los despojos mortales del ilustre Brasileno que era, por su elevada inteligencia, por su vasta instruccion y por su nóble catráter, uno de los mas completos hombres de Estado