História político-econômica e industrial do Brasil

estado de coisas que se vão estabelecendo, criando-se assim fontes de atritos e tensões sociais. Daí surge a necessidade de reformas de base, que a Conferência de Punta del Este reclamava para toda a América Latina, como uma necessidade inadiável ante as condições vigentes e a inexorabilidade do progresso.

Tal é a repercussão social das transformações econômicas.

Quanto ao impacto sobre a teoria econômica dominante, não é menos violenta. Os princípios ortodoxos não correspondem às necessidades do desenvolvimento que se realizam, quebrando todos os postulados por eles estabelecidos, provocando enérgica reação de uns e crítica de outros, mas de qualquer maneira invalidando, na realidade, o caráter absoluto que lhes atribuem seus adeptos fervorosos. Por isso recomenda o antigo secretário executivo da Comissão Econômica para a América Latina: "En las teorias que hemos recibido de los grandes centros hay con frequencia una falsa pretensión de universalidad. Nos toca esencialmente a nosotros, hombres de la periferia, contribuir a corregir esas teorias e introducir en ellas los elementos dinámicos necesarios para acercar-se a nuestra realidad".(4) Nota do Autor

Essa contribuição está sendo dada, sem dúvida, através da experiência que estamos efetuando com o nosso progresso econômico e social, que tem como centro dinâmico por excelência a industrialização do país, cujos aspectos de sua evolução procuramos mostrar nestas páginas, na forma mais objetiva de que fomos capazes.

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