História da formação da sociedade brasileira. D. João VI e o início da classe dirigente do Brasil; depoimento de um pintor austríaco no Rio de Janeiro

alegou grande constrangimento, porquanto as providências destinadas a combater o tráfico podiam arruinar o país. Concluía Beresford preferir tomar parte em batalhas, "or to be a mid all my life than undertake such an Embassy as this again; for what with the climate wich has been insupportably hot", além das dificuldades de tratar com príncipe mais manhoso que o mais astuto saloio de seu reino.(6) Nota do Autor

Outro incidente de ordem interna veio ameaçar os preparativos de viagem da arquiduquesa e respectivo séquito. Mal tinham começado os aprestos das naus "D. João" e "D. Sebastião", para o transporte da Sereníssima Princesa, chegava a Viena, endereçada ao marquês de Marialva, comunicação de D. Miguel Pereira Forjaz, secretário do governo de Portugal com data de 19 de maio de 1817, onde avisava que o navio "Camões", procedente de Bengala, aportara no Recife e o encontrara em armas, presa de revolucionários, que depois de se apossarem dos bens dos vassalos portugueses aí estabelecidos, cometiam toda sorte de desatinos. Narrava, contudo, o capitão do barco, que lhes faltavam armas, munições e víveres, "que diligenciam haver de outras partes, principalmente dos Estados Unidos". Ignorava-se de momento se existiam ramificações do levante em outras capitanias, julgando D. Miguel urgir o envio das fragatas "Pérola" e "Príncipe D. Pedro", mais uma embarcação ligeira, para comboiarem de Portugal as tropas remetidas ao teatro da rebelião para bloquear o porto do Recife.

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