gabinete pela sua falta de patriotismo. Assestarei a artilharia. Levarei os sete ministros à praça pública e me entregarei depois ao povo para ser julgado!
Chegara Deodoro até onde os visitantes queriam. O capitão Mena Barreto responde, satisfeito com a explosão:
- Não! Nesse caso, vencedor o movimento, será V. Ex.ª o ditador da República!
Tocara ao fim a entrevista e o resultado não podia ter sido mais auspicioso para o que tinha em mente o capitão Mena Barreto. Para coroamento de tudo, ocorria nesse momento preciso um novo incidente entre o gabinete Ouro Prêto, - ou, mais precisamente, entre um oficial superior e o ministro interino da Guerra, conselheiro Cândido de Oliveira. Tal incidente estava destinado a alcançar a maior repercussão nos meios militares. Seria a gota de água que faria transbordar a taça dos ressentimentos que se acumulavam nas altas esferas do Exército.
Era este caso bem mais grave, porque feria em seus brios um oficial dos mais estimados e mais ilustres: o tenente-coronel João Nepomuceno de Medeiros Mallet(*),Nota do Autor comandante da Escola Militar do Ceará. Indicara ele um tenente, de nome Barbosa, para uma vaga de instrutor de primeira classe, ali existente. A proposta, entretanto, não fora aceita pelo ministro da Guerra, que dera como razão da impugnação o fato de ser o tenente Barbosa mais moderno, em seu posto, do que os instrutores de segunda classe da mesma escola.