a Paulino, no dia 5 de novembro de 1851, "da admiração que me causou a súbita aparição do Sr. Honório." E, num gemido, confessava: "é duro sofrer as asperezas do gênio do Sr. Honório" (5)Nota do Autor.
Afigurou-se-lhe então a presença de Honório Hermeto imposição do conde de Caxias. "Combinando certos ditos e certos fatos", acrescentava Pontes, "poderia pensar-se que o principal motivo do incômodo, que se deu esta elevada personagem, foi exigência do conde de Caxias, ao qual me persuado que não causou estranheza a presença do Sr. Carneiro Leão".
Não houve, por parte de Caxias, exigência alguma neste particular. A única condição, imposta por ele, foi a de partir para o sul no momento de entrar em ação. Convidado, em setembro de 1850, a assumir a presidência do Rio Grande do Sul e o comando das armas, respondeu: "que somente iria (a não ser constrangido) no caso de haver declaração de guerra".
Isso contara Paulino ao próprio Silva Pontes, em carta de 25 de setembro de 1850, acrescentando os motivos que dera Caxias: "Receia que antes disso os partidos, a Assembleia Legislativa etc., lhe tirem a força moral". Em outra carta, confidencial secretíssima, de 14 de outubro, também de 1850, referindo-se aos preparativos de guerra, repetia: "É terrível a falta de um bom general. O Caxias esquivou-se de ir, declarando que iria logo se rebentasse a guerra. Diz que tem medo de se gastar antes, com as lutas de partidos, Assembleias Provinciais etc."(6)Nota do Autor.
Tinha então, todo o cabimento o receio de Caxias, pois não havia muito tempo fora o general Andréa obrigado a deixar aquela presidência, justamente por um dos motivos apontados pelo futuro duque (7)Nota do Autor. Era, portanto, exigência que fazia como militar para o êxito da ação militar.