Os holandeses no Brasil; 1624-1654

holandês (o diário de Hendrik Haecxs). Em segundo lugar, por haver ele se concentrado, coisa fácil de compreender, no período governamental do Conde João Maurício de Nassau (1637-1644), de modo que, sob muitos aspectos, o que ele diz sobre os últimos dez anos do Brasil Holandês é superficial e inexato. Em compensação, o estudo de Wätjen sobre as condições financeiras e econômicas da colônia pode ter-se como definitivo. O autor desejoso de informações mais precisas sobre esse assunto deverá recorrer sempre a Wätjen, pois não tenho a pretensão de ultrapassar o trabalho dessa competente autoridade alemã, mas apenas suplementá-la. Esforcei-me por encarar os fatos com o espírito livre de preconceitos, procurando combinar, em escala maior do que fora possível a Wätjen, os relatos dos holandeses com os dos portugueses.

Como observara Roberto Southey em sua volumosa History of Brazil (três vols., Londres, 1810-19), "há muitas fontes, boas e copiosas, sobre a guerra holandesa", o que não impediu que o uso por ele feito desse material fosse severamente atacado por um crítico hostil, no Blackwood's Edinburgh Magazine (fevereiro de 1824): "Sua History of Brazil é a mais indigesta das produções de nossa época. Dois ou três elefantes in-folios sobre uma simples colônia portuguesa! Qualquer minúsculo coronel, capitão, bispo, ou frade é estudado tão minuciosamente como se se tratasse de outros tantos Cromwells ou Loyolas". No presente trabalho procurei isentar-me dessa pecha; mas, uma vez que o Brasil holandês esteve em guerra durante toda a sua existência, salvo uns poucos meses, as "old, unhappy,

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