Os holandeses no Brasil; 1624-1654

Estados Gerais, porém pagos e mantidos pela Companhia. O pessoal naval e militar deveria prestar um juramento tríplice de fidelidade à Companhia, aos Estados Gerais e ao capitão-general (stadtholder), ou comandante-chefe das forças armadas. No que toca ao pessoal civil, tinham os mais velhos de jurar fidelidade aos dois primeiros poderes. Além disso, devia a Companhia receber do governo o subsídio de um milhão de florins, sendo a metade desta soma repartida entre os Estados Gerais e os outros participantes nos lucros. Se (como obviamente se esperava) as operações da Companhia os levassem a uma guerra franca, deveriam os Estados Gerais contribuir com uma força de 16 navios e quatro iates, completamente tripulados, equipados e aprovisionados, sob a condição de responsabilizar-se a Companhia pela sua manutenção, e de contribuir com uma igual parcela de seus próprios recursos. Foi concedida também à Companhia uma grande quantidade de isenções em matéria de taxas, inclusive o direito de importar e exportar livremente.

A Companhia, considerada como um todo, foi dividida em cinco câmaras (kamers) regionais, entre as quais as ações eram distribuídas, nas seguintes proporções:

Amsterdam - quatro nonos

Zeeland (Middelburg) - dois nonos

Maas (Rotterdam) - um nono

Zona-Norte (Hoorn e Friesland ocidental) - um nono

Friesland, com o distrito de Groningen ("cidade e território")(8) Nota do Autor - um nono

Cada câmara regional tinha os seus diretores próprios, escolhidos pela magistratura das províncias e das

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