feita em Pernambuco, onde frei Joaquim d'Afragola viveu durante os anos próximos a 1825(4) Nota do Autor.
Movidos pela notável perfeição da imagem, os capuchinhos surpreendidos resolveram expô-la à veneração dos fiéis nos altares da igreja de Santo Efrém, o Novo. O povo adotou, para distinguir, um título novo para a figura de Nossa Senhora, chamando-a de "Madonna del Brasile", país de origem da imagem. Durante catorze anos foi a estátua objeto de culto constante da parte do povo de Nápoles.
Mas, ai! Por volta da meia-noite do dia 21 para 22 de fevereiro de 1840, violento incêndio irrompeu na igreja de Santo Efrém, o Novo. As chamas dominaram a frágil estrutura do templo napolitano. Nada se podia fazer. Em pouco tempo a igreja se transformou num montão de ruínas fumegantes. Mas qual não foi a surpresa ao verificar-se que apenas a imagem de Nossa Senhora permanecia intacta, ligeiramente enegrecida da fumaça.
Ao saber do fato, o povo de Nápoles correu para os restos do incêndio a fim de ver a "Madonna del Brasile", destacando-se do edifício destruído. Essa romaria durou semanas e o próprio rei Fernando II, informado do ocorrido, lá foi ter com a rainha e, depois de ter admirado a imagem, determinou que não a movessem do lugar até que fosse reconstruída a igreja. Em 1867, porém, a imagem foi conduzida para a igreja de Santo Efrém, o Velho, onde continua recebendo o culto e as promessas dos napolitanos.
No Brasil, contudo, ignorava-se a existência dessa imagem. Em 1923, D. Frederico de Sousa Costa, bispo resignatário de Manaus, visitou o convento e a igreja de Santo Efrém, o Velho, e lá teve conhecimento da existência da "Madonna del Brasile", apressando-se em mandar a notícia para o Brasil.
Desde então começou a devoção de Nossa Senhora do Brasil em nosso país, criando-se centros de culto no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e em São Paulo cuja festa é celebrada no primeiro domingo depois da Natividade de Nossa