bispo do Rio de Janeiro, atendendo a uma petição dos moradores de Santo Amaro, aos 14 de janeiro de 1686, data oficial da criação do templo. Templo que existia muito antes dessa época e que teve como primeiro vigário um irmão do venerável Belchior de Pontes, o padre João de Pontes, que cuidava da igreja "feita de taipa de pilão, não forrada", consoante a descrição que dela nos faz o Livro do Tombo de 1747. Uma outra, nas vizinhanças, a de Nossa Senhora da Conceição de Guarulhos, primitivamente aldeia de índios maromimins, onde andou muitos anos o padre Manuel Viegas, em fins do século XVI, o qual, segundo se sabe, chegara a redigir um catecismo na língua daquela tribo, aí por volta de 1590. Igreja gorda, a de Nossa Senhora da Conceição de Guarulhos, muito tranquila e simpática.
Ainda aqui por perto, muito antigas historicamente, existem as igrejas de Nossa Senhora da Penha de Araçariguama, a de São Roque, a de Santana de Parnaíba, terra de penetradores de sertão, a de Nossa Senhora do Monte Serrate de Cutia, a de Nossa Senhora da Escada na aldeia do mesmo nome, a de Nossa Senhora da Ajuda de Itaquaquecetuba, a de Nossa Senhora da Conceição da Boa Viagem de São Bernardo, a do Senhor Bom Jesus do Arujá, a do Senhor Bom Jesus de Pirapora. Dessas igrejas e de muitas outras das vizinhanças, a Cúria Metropolitana recolheu para o seu notável Museu numerosas peças interessantes e de grande valor histórico. Não só a Cúria como também o Museu Paulista.
Mas na cidade de São Paulo, que agora ultrapassou seus quatrocentos anos de história, existem mais de 250 igrejas. Muitas importantes pela frequência, outras pela tradição, amadas do povo umas mais outras menos, feias, medíocres, bonitas, interessantes. De todo o quilate. A de Nossa Senhora da Glória, no Cambuci, que nasceu aos 2 de junho de 1883, quando os cidadãos Justo Nogueira de Azambuja e Clímaco Barbosa obtiveram do bispo D. Lino Deodato provisão para fundar e erigir uma capela sob a invocação de Nossa Senhora da Glória. O templo foi inaugurado aos 25 de março de 1895 por D. Joaquim Arcoverde, com o orago de São Joaquim. A esse templo, pela sua contribuição e devoção, estão ligados