São Paulo compreende 25 decanatos, abrangendo inclusive paróquias de cidades circunvizinhas à Capital. E o que é mais significativo é que desse total mais de 100 paróquias encontram-se localizadas na cidade de São Paulo, porque a Arquidiocese compreende também sedes paroquiais em cidades e vilas próximas, como em Jundiá, São Roque, Mogi das Cruzes, Itapecerica, e tantas outras. Somente a cidade tem um sem-número de igrejas, aí se incluindo aquelas, numerosas, que não são sedes de paróquias, os templos independentes como São Gonçalo, Santo Antônio, São Bento, Nossa Senhora da Luz, igrejas das aldeias circunvizinhas de Carapicuíba e Embu (São Miguel constitui paróquia), fundamentos que foram, essas aldeias, do desenvolvimento de São Paulo nos primeiros anos.
Entre essas mais de 200 igrejas destacam-se muitas pelo tamanho, ou pelo mau gosto, pela sua história recente, ou pela sua construção antiga, mas cuja crônica é vaga e dispersa e, portanto, difícil. Exigindo mais tempo e pesquisas para seu total conhecimento. Isso sem falar nas capelas, as inumeráveis capelas que existem em São Paulo, já pedindo o seu cronista, lugares que são de devoção e piedade dos fiéis, de paredes geralmente queimadas pelo processo de pagamento de promessas através de velas.
Assim, nas vizinhanças de São Paulo vamos encontrar a igreja de Nossa Senhora dos Prazeres de Itapecerica, antiga aldeia de índios por desdobramento de Carapicuíba, no século XVII, onde andou pregando bondade o padre Belchior de Pontes. Foco de conflitos curiosos entre católicos e protestantes, estes representados pelos alemães que ali se localizaram no século XIX. Nada aí resta do seu espírito antigo. Muito pelo contrário, lá se encontra um templo enorme e feio, encardido do tempo, amargando a pobreza de suas decorações e do seu interior, profundamente vago, irreal, apesar de datar, o templo, apenas de 1923. Itapecerica - a pedra lisa, dos índios. Ainda por aí a igreja de Santo Amaro, o antigo Ibirapuera do venerável Anchieta, fundada por João Pais e sua mulher, um casal de portugueses que viera para São Vicente com a esquadra de Martim Afonso. A provisão da igreja de Santo Amaro foi passada por D. José E. de Barros Alarcão,