a Nossa Senhora da Luz um sobrecéu com suas cortinas de panno de algodão acabado de que mando se lhe dê ou o valor delle"(20) Nota do Autor.
O segundo ermitão que aparece é Antônio João, já em 1658, no inventário de Antônio Pedroso de Barros(21) Nota do Autor. Pedro Dias Leite prometia "á Nossa Senhora de Guaré um manto de tafetá"(22) Nota do Autor. Também desta disposição piedosa há um recibo em que se revela o nome do segundo ermitão. Esse recibo diz o seguinte: "Certifico eu Luiz de Andrade escrivão dos orfãos desta villa de São Paulo e seu termo e dello dou minha fé em como o capitão Lourenço Castanho Taques pagou ao ermitão de Nossa Senhora da Luz Antonio João trez mil réis que o defunto Pedro Dias deixou de esmola e por passar na verdade e a pedimento do dito ermitão lhe passei a presente aos oito dias do mez de agosto seiscentos e cincoenta e nove annos. a) Luiz de Andrade"(23) Nota do Autor.
Esses dois ermitões foram lembrados também por Alcântara Machado, que parece não ter tomado conhecimento de um terceiro(24) Nota do Autor. O terceiro é João de Almeida, que assina um recibo em 1680: "Recebi de Francisco de Sousa como testamenteiro da defunta sua mulher Anna de Proença uma toalha de linho para o altar de Nossa Senhora da Luz que deixou na verba do seu testamento e por verdade lhe passei esta quitação. Hoje 24 de junho de 1680 annos. - o ermitão de Nossa Senhora da Luz, João de Almeida"(25) Nota do Autor. Verifica-se pelas lembranças dos devotos que a igreja de Nossa Senhora da Luz foi sempre muito bem cuidada pelos seus ermitões, de outro modo não se explicam doações tais como "trez mil réis", o "sobrecéu", a "toalha de linho", coisas difíceis e raras no São Paulo dos primeiros anos e meados do século XVII. Uma demonstração, portanto, da vitalidade e concorrência do templo, possivelmente de um luxo excessivo para uma simples