documento público assistido por pessoa pública. A diplomática teria por fim avaliar os documentos públicos antigos, definindo o grau de probabilidade que os fazia acreditar genuínos ou suspeitos, segundo a definição do maior paleógrafo português, João Pedro Ribeiro.
Os estudos paleográficos foram cedo inaugurados e incentivados em Portugal. Desde 1775 promoveu-se o estudo da diplomática, estabelecendo-se no Real Arquivo uma cadeira de paleografia(11). Nota do Autor Mas o grande desenvolvimento da Diplomática portuguesa tem suas origens no Alvará de 21 de fevereiro de 1801, que anexava a cadeira de Diplomática ao Arquivo da Tôrre do Tombo, e dispunha que "serão reputados ouvintes obrigatórios da mesma aula todos aqueles que aspiram a ser ocupados nos empregos e escrituração do meu Real Arquivo da Tôrre do Tombo e nos ofícios de tabelião de notas da cidade de Lisboa; e não podendo ser provido ou empregado nos mesmos Ofícios e ministérios pessoa alguma depois de seis anos de exercício desta cadeira sem que primeiro mostre competentemente ter frequentado com aproveitamento a mesma aula ao menos por tempo de um ano".
Além disso, os tabeliães e escrivães não poderiam passar certidão de documento algum anterior ao século XVII, sem assistência de um perito-paleógrafo, que tivesse frequência da Aula e patente do Desembargo, percebendo pelo trabalho de conferência o dobro do salário que ao tabelião competisse, e que este igualmente receberia a dobrar sendo ele perito. O curso era também condição de preferência para os bacharéis que requeressem tabelionato no Reino e o alvará aconselhava as ordens