Teoria da História do Brasil. Introdução metodológica - T2

seu maior erudito, publicou em 1681 um livro que ficaria como o fundamento das duas disciplinas, a De re diplomatica Libri VI(9). Nota do Autor Trata a obra principalmente da paleografia dos documentos oficiais ou diplomas e discute especialmente os problemas da integridade e da autenticidade documental, provando que os títulos da ordem beneditina eram autênticos. Aí se estuda, pela primeira vez, a evolução da escrita, desde as capitais romanas até a escrita merovíngia.

Vê-se, assim, que a diplomática e a paleografia nasceram na mesma época e tiveram a mesma origem. Esta limita-se ao estudo das escritas antigas, investiga os caracteres externos dos documentos, as letras em que eram escritos, enquanto aquela examina os caracteres intrínsecos, idioma, estilo, autenticidade e integridade dos documentos. Desde o início se distinguiram nitidamente e se auxiliaram mutuamente. Elas são o fundamento da crítica histórica.

A diplomática tem, assim, por objeto, a aplicação da crítica a uma categoria importante de fontes históricas, os diplomas e documentos oficiais, as bulas pontifícias, os diplomas imperiais, os documentos de notários, de príncipes e de reis. Estes constituem, por sua vez, as fontes diplomáticas da história.

Etimologicamente, diplomática é o estudo dos diplomas. O emprego da palavra diploma não remonta a uma época recuada. Tinha aplicação restrita em Roma - onde significava uma espécie de passaporte - e na Idade Média. Foram os eruditos da Renascença que a exumaram e aplicaram aos atos mais solenes e antigos, aos que emanavam da autoridade soberana, aos privilégios dos reis ou de grandes personagens.(10) Nota do Autor Diploma seria, pois, aquele

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