Uma única exigência se faz, a de que se fique sempre na esfera da existência imediata e do concreto. Só o concreto abre caminho e justifica a teoria. A história quer compreender o mundo espiritual e socioeconômico, a totalidade da relação subestrutura – estrutura - superestrutura, através da existência, do fato, do documento. Ela quer repensar o que se pensou, ressentir o que se sentiu, refazer o que se fez, rever o criador e o criado, o dirigente e o dirigido, a sociedade, a vida econômica, em suas formas históricas. Ela quer compreender a vida, em todas as suas manifestações. A vida é história, o resto é natureza. Ela é minúscula e fugaz em face desta, mas só nela se criam e se concebem valores, só nela há fins e sentido. Com isto está exausta sua tarefa científica.
Na maré dos acontecimentos visíveis e criadores, a história é um método de saber e de educação, uma interpretação das origens, uma descarga e libertação, com todas as suas consequências e efeitos sobre o Estado e a sociedade.