crítico dos documentos. Mais adiante, quando tratarmos das forjicações, apontaremos algumas das mais famosas.
O primeiro efeito da aplicação do espírito de crítica ao problema da autenticidade dos documentos manifestou-se no domínio da teologia, por ocasião da Reforma. Por trás de Lutero e de outros chefes da Reforma estavam estudiosos da história eclesiástica, tais como Mathias Flacius (1520-1575)(3) Nota do Autor e seus sucessores, os Centuriões de Magdeburgo, que analisaram a grande quantidade de lendas e forjicações que tinham inundado a história da Igreja medieval(4). Nota do Autor A reação foi benéfica. Forçou os eruditos católicos a examinar seus documentos e a tornar acessível grande massa de material que havia sido, até então, escondido nos arquivos individuais ou de corporações.
É nessa época que os historiadores iniciam o exame sistemático dos documentos a fim de apurar sua autenticidade ou falsidade. E para responder às perguntas que então se formularam surgiu a diplomática.
1. Diplomática e Paleografia
O primeiro passo na formação da diplomática foi dado por um grupo de jesuítas, autores da série hagiográfica conhecida sob o nome de Acta Sanctorum(5), Nota do Autor aparecida pela primeira vez em 1643, sob a direção do erudito jesuíta Jean Bolland (1596-1655), de Antuérpia. Não se