tratava de novas vidas de santos, mas de uma edição de vidas dos santos com todo o aparato reconhecido de crítica de textos e com sábias discussões sobre a autenticidade, integridade, credibilidade e problemas similares.
Numerosas discussões sobre diplomas travaram-se na Alemanha, logo depois da Guerra dos Trinta Anos e da paz de Westfália. A autenticidade dos documentos apresentados era contestada pelos adversários, e numerosas memórias divulgavam os debates dos tribunais. Essas contestações sobre a genuidade de documentos mereceu de Ludewig, que primeiro as descreveu, o nome de "guerras diplomáticas".(6) Nota do Autor
Pouco depois da publicação das Acta Sanctorum iniciou-se a luta diplomática, principalmente entre jesuítas e beneditinos. A mais importante dessas controvérsias acadêmicas sobre a autenticidade de diplomas surgiu entre Daniel Papebroch (1628-1714), jesuíta, e Jean Mabillon, membro da congregação beneditina de São Mauro, em Paris.
Em 1675, Daniel Papebroch, em seu prefácio ao novo volume das Acta Sanctorum(7), Nota do Autor provocou a hostilidade de duas ordens poderosas, a dos carmelitanos, por rejeitar a lenda de que o profeta Elias havia fundado aquela ordem no Monte Carmelo, e a dos beneditinos, por negar a autenticidade dos documentos merovíngios, que constituíam os principais títulos de domínio de muitos dos mosteiros beneditinos na França. As réplicas das duas ordens foram completamente diferentes. Os carmelitanos apelaram para a Inquisição, que suprimiu o trabalho de Papebroch em 1695. Os beneditinos reagiram fundando a Diplomática e a Paleografia(8). Nota do Autor
A Congregação de São Mauro, a que tanto deve a história, era o novo título com que havia revivido em França, em 1618, a ordem beneditina. Jean Mabillon,