Anchieta

Quando o féretro chegou à Vitória, houve muito alarido em todo o povo, no dizer dos cronistas. Vieram ao porto recebê-lo o capitão da terra, Miguel de Azeredo, o prelado administrador, Bartolomeu Simões Pereira, o clero, os franciscanos, os irmãos da Misericórdia com o aparato das suas andas, as confrarias de todas as igrejas com os seus lumes erguidos. Aberto ao sol o ataúde, por instâncias de João Soares, quatro dias após o falecimento, nenhum odor se evolava do corpo inanimado, mas incorrupto. Seguindo à procissão até à porta do templo, construído pelos jesuítas, aí foi guardado o féretro para as exéquias de três noturnos. Bartolomeu Simões fez no dia subsequente, depois da missa cantada, o elogio sacro de Anchieta, dizendo-lhe a vida, lembrando "o Missionário Santo, o Bem-aventurado, o Apóstolo do Brasil", e essas palavras refloresceram no espírito das novas gerações.

Os religiosos deram sepultura ao catequista, enfim, junto à de Gregório Serrão, como ele predissera: "vade, frater, non longa ennim dies nos loco conjunget." Pela última vez, na terra, encontravam-se os dois amigos. Mais tarde, vazio das suas relíquias(185) Nota do Autor o túmulo de Anchieta, sobrepôs-lhe a piedade uma lápide comemorativa(186) Nota do Autor.

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