I
LETRAS ANCHIETANAS
Copiosa e constante, sob várias formas, a produção anchietana vai desde a mentalidade auroral dos 20 anos, em Piratininga, até aos pensamentos e às visões crepusculares de Reritiba. Dispersando-se quase toda em folhas avulsas e instantâneas, ao desabrochar com a timidez religiosa da obediência, não tinha senão raramente aquele interesse humano, que eterniza as letras do passado. Muitas dessas poesias arcaicas, inanimadas na frieza da sua correção latina ou vernácula, nada mais dizem hoje ao espírito e à sensibilidade. Fatores ocasionais circunscreviam-lhe já o destino à festa de uma aldeia, ao doutrinamento de um principal ou à recepção de um visitador.
Materialmente, a bibliografia procura ainda hoje recompô-las e coordená-las, esquadrinhando os arquivos da Ordem. Quantas não se perderam ao acaso de um sopro, de uma flama, de um gesto, ou devoradas pela traça dos velhos manuscritos, como os seus apontamentos sobre os primeiros missionários da Companhia de Jesus, vindos ao Brasil? (1) Nota do Autor Quantos não