O rei do Brasil: vida de D. João VI

e - porque venciam os ultramontanos - foi buscar a mulher ao Ramalhão e acasalar-se em Queluz, com a arraia-miúda aos varais do carro, os burgueses ovacionando o restaurador da ordem, os fidalgos encantados com a fuga dos liberais.(103) Nota do Autor

No dia 6 apareceu um anúncio satírico na Gazeta de Lisboa: "que se iam vender as parelhas que haviam puxado pela carruagem del-rei, na sua vinda de Vila Franca; e que quem as quisesse, as acharia à venda ou em Lisboa, ou no campo de Sant'Ana." Porém, no dia 9, em nome da infantaria 19, um capitão reclamava a "honra" da "feliz lembrança", pois "fomos nós, e não o povo, que conduziu o coche". Disputavam-se, pelas colunas da Gazeta, a iniciativa de terem substituído, pela poeira e pelos calhaus da estrada de Vila Franca, os animais de tiro... "Sr. redator. Como a glória deve recair unicamente sobre aqueles que praticam a ação, rogo-lhe queira dizer no próximo número da Gazeta de Lisboa que aqueles que puxaram pelo coche del-rei foram os oficiais dos diferentes corpos de 1ª e 2ª linha, e não povo, como na mesma Gazeta antecedente se diz". A relação dos 44 oficiais" "que tiveram a honra de

O rei do Brasil: vida de D. João VI - Página 297 - Thumb Visualização
Formato
Texto