O rei do Brasil: vida de D. João VI

puxar pelo carrinho em que vinha el-rei nosso senhor desde o sítio dos Anjos até à Sé, e daí até ao paço da Bemposta", foi publicada na edição de 12. E emendada, a 13, porque não figurara o nome do capitão do 4, Joaquim de Melo Souza e Menezes...(104) Nota do Autor Cunhou-se medalha com o perfil do rei, que foi profusamente distribuída, disputada na capital. Chamaram-lhe, ironicamente, de "ordem da poeira". D. Miguel estava nomeado generalíssimo. O conde de Amarante recebeu título e pensão, ganhou, entre os ultramontanos, uma ascendência insólita. A rainha recobrara o bom humor perdido desde 1810, as esperanças antigas do seu dia, da sua vindicta, do seu poder.

Em tal clima, os pedreiros livres, os francelhos, os estudantes-filósofos não poderiam mais viver. Varejaram-se as lojas maçônicas, com populares armados, armados para o castigo dos hereges, o esconjuro da sociedade embruxada pelos jacobinos, com o "enguiço", de que falaria Garrett.(105) Nota do Autor A emigração foi moda. Os fantasmas de Pombal, e Pina Manique arrastavam-se pelos becos de Coimbra, corriam com o "Remexido" os recôncavos do Algarve, passeavam pela Alfama donde os poetas fugiam, certos de que a grande sombra, a "noite política", se desatava sobre a paisagem de ruínas... Palmela, com o idealismo profético, reclamava a

O rei do Brasil: vida de D. João VI - Página 298 - Thumb Visualização
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