História do Brasil T3 - A Organização

do conselheiro Sebastião Xavier de Vasconcelos Coutinho e dos Drs. Antonio Gomes Ribeiro e Antonio Diniz de Cruz e Silva, o poeta da Arcádia, que já estivera dez anos no Brasil (1778-87).(1) Nota do Autor. Chegaram esses magistrados em 24 de dezembro, receberam os autos das duas devassas (de Vila Rica e do Rio) em 26 de janeiro de 91. Já a Relação local havia pronunciado os réus, nomeando advogado, para a defesa, o da Santa Casa, José de Oliveira Fagundes, que aliás cumpriu plenamente o seu dever. A última reunião da Alçada, sob a presidência do vice-rei, foi em 18 de abril. Proferiu o acórdão final(2) Nota do Autor, condenando à morte na forca onze inconfidentes (Tiradentes, Francisco de Paula, Maciel, Alvarenga, Abreu Vieira, Lopes, Luiz de Toledo, Amaral Gurgel, José da Costa Rezende, pai e filho e Domingos Vidal de Barbosa). Seriam desterrados para a África Gonzaga, José Aires, Vicente Vieira da Mota, João da Costa Rodrigues, Vitoriano Gonçalves Veloso, João Dias da Mota, Fernando José Ribeiro. Foi a sentença intimada aos presos na casa do Oratório da Cadeia. Mas a intimação tinha o propósito apenas de mais os atormentar(3) Nota do Autor, porque a 20 de abril, em mesa da Relação, o Desembargador Chanceler leu a carta régia de 15 de outubro que perdoava a pena máxima a todos os réus, exceção feita dos que delas "agravantes circunstâncias" não merecessem comiseração - comutando-a em degredo perpétuo para a África, com a ameaça de morte para os que de lá, voltassem ao Brasil. A Alçada confirmou a sentença extrema

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