suas obras, seguindo-o ano a ano em suas campanhas, o pesquisador, antes pouco animado com o material acessível, relativo às atividades pan-americanistas do grande pernambucano, pôde ver nas ideias matrizes, nas ideias propulsoras daquela ação, outro exemplo frisante do princípio que orientou a atividade pública de Joaquim Nabuco: "convicções cônscias do desinteresse e da pureza das suas origens não se mudam num dia" (8)Nota do Autor.
As ideias pan-americanistas do Embaixador nos Estados Unidos, que viriam a ser levemente retificadas pelo futuro, como veremos no final deste trabalho, procediam portanto, de sólidas convicções formadas lentamente, desde a sua viagem ao Prata. Não foi à toa que ele próprio confessou logo nas primeiras páginas de Minha Formação: "Quando, entre a pátria, que é o sentimento, e o mundo, que é o pensamento, vi que a imaginação podia quebrar a estreita forma em que estavam a cozer ao sol tropical meus pequenos debuxos d'almas, Ustedes me entiendem, deixei de ir à Europa, a história, a arte, guardando do que é universal só a religião e as letras" (9)Nota do Autor. E também, não foi pelo simples desejo de uma declaração que, mais ou menos na mesma época, escreveu no postscripto de Balmaceda "O interesse que antes já me inspiravam as coisas sul-americanas aumentou naturalmente depois da Revolução de 15 de Novembro", "quando começamos a fazer parte de um sistema político mais vasto" (10)Nota do Autor.
Assim sendo, parece-nos claro que de suas convicções americanistas é que logicamente deveremos partir num ensaio sobre Joaquim Nabuco e o Pan-americanismo. O próprio Nabuco mostrará,