glória de Abraham Lincoln!" (1)Nota do Autor. Então, o exemplo dos Estados Unidos, ele o lembrava sempre, chegando a endereçá-lo ao imperador, com aquela petulância que provara existir de fato nele "um mínimo de monarquismo e um máximo de republicanismo":
"Ao ver os Estados Unidos à frente do progresso industrial e moral, o Imperador compreenderia que os reis bem podem ser uma hipótese, um luxo, uma superfetação. Ao ver uma sociedade amplamente liberal e livre, governando-se sem rei, ele compreenderia que em certas épocas os povos podem dispensar qualquer tutela" (2)Nota do Autor.
Mais tarde, em 1876, entregou-se aos anos de aprendizagem diplomática nos Estados Unidos, tendo anotado, no seu diário, impressões de muita simpatia e compreensão, algumas das quais seriam passadas para as páginas do seu livro famoso de memórias. Expressava-se, então, da maneira equilibrada, que já o caracterizava, sobre a viagem do Imperador à América do Norte, nesse mesmo ano, salientando que a visita provava que a monarquia brasileira era qualquer coisa de mais sólido e estável no panorama político convulso da América Latina (3)Nota do Autor. Nessa época conheceu também o Canadá.
Após a remoção para Londres, para a terra de Bagehot, que, politicamente, tanto influíra na sua formação, e onde continuaria a sua carreira diplomática, sobreveem, em 1878, dois acontecimentos de enorme repercussão em sua vida; um, portador