abolição - Nabuco a terminava certo de que deveria causar satisfação "aos amigos da humanidade e a quantos no Rio da Prata, esquecidos de rivalidades e ressentimentos que a nova geração brasileira nem conhece, fazem votos pelo progresso e desenvolvimento desta vastíssima porção do continente americano" (5)Nota do Autor.
Por ocasião da espetacular vitória de 13 de maio de 1888 já era portador de singular e incontestada popularidade, no auge em 85, com a sua fotografia vulgarizada em todo o país, através de marcas industriais de charutos, cervejas, lenços, peças de fazendas e com seu nome titulando anúncios, inspirando poetas, passando a ser o nome dos que nasciam e até de novas flores (6)Nota do Autor.
Realizado o grande sonho da abolição, Nabuco resolve casar, empreendendo viagem de núpcias ao Prata, em meados de 1889.
A preferência de uma viagem pela América e não por outras partes do mundo, neste homem acusado de "europeu", e que, na verdade, tinha formação europeia e muitas vezes cruzara o Atlântico é, sem dúvida, muito significativa, mostrando sua decisão de tomar contacto com a América, com o que realizava uma espécie de preâmbulo às atividades dos anos de reclusão voluntária em que escreveria seus grandes livros, voltando-se ora mais ora menos, para os aspectos diferentes da história do Novo Mundo. Era uma volta pela América, eram uns dias de descanso para o lidador infatigável, mas era também o desejo de, sem nenhuma preocupação política, sem o encargo de nenhuma missão oficial, auscultar a "pulsação continental", observar sossegadamente homens e acontecimentos na parte