sul do continente. Tanto que recusara um convite do Visconde de Ouro Preto, chefe do Ministério, para o desempenho de missão diplomática na Argentina, no Uruguai e no Paraguai. "Falamos-lhe diz Afonso Celso, encarregado de sondá-lo sobre o assunto - e ele mostrou-se grato ao convite do Visconde, mas declarou que não podia aceitar a nomeação por vários motivos, entre os quais o de que sua excursão seria apenas um passeio nupcial, acrescentando que o objetivo principal da missão, conforme lhe informamos, consistiria em tratar de matérias comerciais, repressão do contrabando nas fronteiras, etc., coisas para as quais não se achava preparado" (7)Nota do Autor.
Que a viagem ao Prata não traduzia um simples "passeio nupcial" ficou claro, desde logo, em certos fatos que atestam ser desejo de Nabuco conhecer tão despreocupadamente quanto possível a região do Prata. Primeiro o curioso e incômodo roteiro que percorrera, indo pelo rio Paraná até Assunção, no Paraguai, e, em seguida mais para o sul, visitando muitas províncias argentinas. Depois a inesperada e grata transmutação do caráter particular da viagem, que ganhou cunho oficial através de inúmeras manifestações, tais como a do banquete que lhe ofereceu a Associação Argentina de Imprensa e em que foi saudado pelo General Mitre, a dos estudantes argentinos, aos quais respondeu situando a monarquia na América, (9)Nota do Autor e a da tomada de assento no Senado paraguaio, onde a sua voz não deixou de ser ouvida:
"Ofereceram-me para levar de Humaitá, como lembrança um dos projéteis da guerra:
(8) Joaquim Nabuco - Cartas a Amigos - I vol. cit. - pag. 189. Nota do Revisor