Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

de que era comandante o tenente João de Oliveira Bottas, e D. Januaria, comandado pelo tenente Felippe Alves dos Santos; mas acossados por sete canhoneiras da frotilha do general Madeira, deram estas princípio ao combate pelas duas horas da tarde, não muito distante de terra. O coronel Felisberto instou com o predito comandante, para que tomasse o primeiro porto onde queria desembarcar, o que se efetuou no engenho Olaria, sustentando, durante esta ausência, os dous últimos barcos a mais viva oposição, que não tardou a ser reforçada com a encorporação do primeiro: todavia era muito superior à força inimiga, e da posição em que se achava lhe aumentava esta superioridade. Escapou o barco D. Januaria de ser tomado por abordagem, e a um bem dirigido tiro, que derribou o mastro grande da melhor daquelas canhoneiras, deveu a sua salvação, por isso que, aterrada com tal fracasso a respectiva tripulação, e tratando somente de evadir-se, foi apresada pelo tenente Bottas, que ganhou o seu barlavento, em uma rápida manobra, tentativa esta que já frustradamente havia feito o primeiro barco nomeado, por se achar muito a sota-vento da mesma canhoneira. Esta presa, conseguida entre um incessante fogo do inimigo, o desacoroçoou a tal ponto, que às 5 horas da mesma tarde pressurosamente se retiraram as seis barcas que restavam, abrigando-se na linha da esquadra Portuguesa, conquanto até pequena distância dessa linha fossem perseguidas pelo primeiro e terceiro barcos de Itaparica.

"Com a canhoneira aprisionada, guarnecida por 25 praças conseguiu-se mais uma peça de calibre 12, duas de 9, e outras tantas de 3, 25 espingardas, 90 sacos de pólvora, 80 balas de diferentes calibres, 100 lanternetas, além de outros apetrechos que nela se acharam: tivemos neste combate 4 feridos, e merecendo um tal ato de valor a consideração do Almirante Cochrane, elevou o 1.° tenente