de alguma carga para pô-la a nado, e só a barca Nossa Senhora da Conceição (como tenho sido informado) tem exigido aquela providência.
"Como o rio em todas as estações do ano, desde a Cachoeira de Pirapóra até a cachoeira do Sobradinho, na extensão de 239 léguas, é muito manso, posso por experiência afirmar, que nenhum perigo correm as embarcações na ocasião de semelhantes encalhamentos, caso sejam os seus fundos chatos ou de prato.
"Na ocasião em que as embarcações sobem o rio, procuram os barqueiros encostarem-se aos barrancos ou às coroas, trabalhando constantemente com as varas, e desta maneira providenciam em tempo para seguir o seu curso na profundidade d'água que demandam as suas embarcações. Usam de remos somente quando acham conveniente atravessar o rio, e procurar a margem desembaraçada de impedimentos à navegação.
Quatro balsas de madeira de construção e dimensões dependentes do comprimento e número das peças de madeira e tabuado que levam, me fizeram observar que a maior destas balsas que vi, tinha 150 palmos de comprimento e 22 de largura; em geral elas são dirigidas por duas pessoas, às vezes quatro, e somente na ocasião de encalharem é que necessita de maior número de pessoas para pô-la a nado."