Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

Na sua forma é uma embarcação de duas proas, sendo até a proa quase igual à popa.

Sua construção é fragil e de madeira singela, e no todo é a mesma que a das outras embarcações descritas. Os cabeços dos braços das cavernas estão descobertos; pois não tem propriamente borda.

O cintado é em geral inteiriço, e feito de olandim, por ser uma madeira flexível e muito trançada. Este cintado, que serve também de borda, tem as chumaceiras dos remos salientes para o lado de fora, e de forma elíptica, em vez de serem para cima, como em todas as outras embarcações de remos.

Na parte exterior do costado estão colocados os furos, onde metem os toletes, cujo comprimento é de cerca de 0m,6 e são um pouco mais grossos no centro do que nas extremidades.

Na parte onde descansam os remos, fazem nos toletes um chumaço de estopa trincafiado de mealhar, a que chamam trunfa, para os remos não serem atritados pela borda, e não produzirem rumor. O ponto de resistência dos remos fica no meio de seu comprimento aproximadamente, e eles são puxados pelos remadores de