Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

oposto, e dá volta no banco da volta; e quando ao largo, no banco da escota. Na testa de vante da vela há uma bolina, que a tesam no escovém. No lais de barlavento da verga está fixo um cabo, que vem à popa, chamado braço, o qual serve para bracear a verga, ou mareá-la à popa, ou para dar com o pano sobre, e assim atravessar. É içada com urraca, e a ostaga é cabo de couro ensebado, cujo comprimento é igual à distância do furo do mastro ao moitão da ostaga, moitão que vai até ao referido furo, quando a vela está arriada, e fica a três palmos acima da borda quando está içada.

É governada com leme feito como os dos escaleres, e colocado como os destes; mas de prevenção para as grandes corridas tem constantemente um remo sobre a borda na popa a bombordo, colocado horizontalmente por meio de uma rosca no punho, trabalhando em um tolete com trunfa.

As baleeiras são movidas por varas, ou remos. À vela e ao largo são consideradas as mais velozes embarcações da província da Bahia, e calcula-se nessas circunstâncias de mareação com vento fresco andarem de 10 a 12 milhas por hora.