Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

Este mastro e vergas tão grandes, e o palmo de tal forma preparado são assim dispostos para aproveitarem o vento alto dos rios estreitos.

Elas navegam os rios, que deságuam na Lagoa dos Patos, em Porto Alegre; mas não afrontam a própria lagoa.

Elas têm convés, que é aberto na popa com um ressalto, onde está o camarim, e é a entrada para o porão.

A popa tem almeida e delgados, pelo que o leme é colocado como nos navios.

Os cabos fixos são de arame, ou de couro cru, guasca como lá chamam.

Têm 5 ou 6 homens de tripulação.

As suas dimensões regulam ser : comprimento 16 metros, boca 3, e pontal 1.

Vem a pelo também mencionar a existência no alto Uruguai de canoas e balsas feitas de taquara, que o Padre Claudio Ruyer as citou, qualificando de mui bem feitas e acabadas, em sua Relacion de la guerra y victoria alcançada contra los Portuguezes del Brasil, año 1641, en 6 de Abril. (63)Nota do Autor